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sábado, 25 de julho de 2009

Tensão e medo na madrugada

Meia-noite. Cansado e com sono, eu vinha caminhando pela rua deserta quando , de repente, ouvi umas pisadas leves atrás de mim. Senti um frio no estômago. Decidi parar para ver quem (ou o quê) estava me seguindo. Mas, ao olhar para trás, não havia desaparecido repentinamente. Decidi continuar meu caminho e escutei as leves pisadas novamente. Voltei a olhar e nada. Não havia nem sombra. Enquanto seguia meu caminho me deparei com um corpo ensanguentado estirado no chão. Achei que era seguido pelo assassino da pessoa cujo corpo encontrei. Apressei meus passos e voltei a escutar as pisadas, desta vez num ritmo mais forte. Não me preocupei e segui meu caminho. De repente, descubro que era um gato preto. Fiquei aliviado.

Enquanto andava pela madrugada escura da cidade, escutei uns sussurros de dentro do cemitério local. Decidi entrar, afinal já estava no portão de entrada. Entrei, caminhei perto das covas e, de repente, tornei a escutar as pisadas. Achava que era o gato de novo mas, quando olhei para trás, me surpreendi. Era apenas o coveiro do cemitério. Ele me explicou que tudo aquilo não passava de uma brincadeira de uns garotos que gostavam de tirar um sarro de algumas pessoas. Investiguei e descobri que quem fazia aquilo eram meus amigos. Revoltado, e vendo que eles estavam a tirar sarro de mim, escondidos atrás de uma tumba, conversei com o coveiro na intenção de dar o troco. Fiz um plano bem bolado, mas que acabou não dando certo.

- Desiste! Essa brincadeira não cola com a gente!

Desanimado, saí para casa quando vejo que todos que caçoavam de mim estavam correndo, desesperados. Minha brincadeira não havia dado certo, mas o lugar estava mal-assombrado. Para surpresa de todos, não fiquei com medo.

- Você não vai correr, seu pamonha?

- Correr por quê? Não é mais uma de suas brincadeiras?

- Que nada! Realmente tem um zumbi vindo nos pegar! Se eu sou você, corria o mais rápido que podia!

E saiu em disparada. Ao ver a cena, esqueci-me do sono que tinha e segui meu caminho, quando senti uma mão fria em meu ombro, me cutucando. Quando me virei, achei que era o coveiro. Até brinquei com ele, dizendo que não havia mais necessidade de continuar fantasiado, pois os meus amigos já haviam tomado o susto que me fazia vingar deles. Qual não foi minha surpresa ao ver o coveiro na minha frente, e aquele zumbi com a mão em meu ombro.

- Eu acabei de chegar. E seus amigos, cadê?

- Mas se você não tava aqui, quem é que tá...?

Quando me dei conta de que era um zumbi, não pensei duas vezes e saí correndo, igual a meus amigos. O coveiro não entendeu o porquê do meu medo e caiu na gargalhada. Depois fui descobrir que ele e um amigo decidiram pregar uma peça nos garotos que teimavam em brincar no cemitério. Desde então, ninguém não mais ouvi falar de alguém que tenha brincado no cemitério. Pelo menos saí com a consciência tranquila, pois o troco estava dado. E vê-los correndo de medo do cemitério, antes de mim, foi muito gostoso. Agora eles pensam duas vezes antes de mexer comigo. Como se eu tivesse a ver com aquilo.

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